Sakpata, Sapata, Obaluaye, Obaluaiyê, Obaluaê, Avimadjé, Avimaji.


Sua doação irá nos ajudar a manter nosso espaço Orossi em funcionamento e torná-la mais útil para você. http://www.toluaye.com/doacao.htm

                                                                                                                     

Sakpata – é a denominação fon do Vodum do panteão da terra. É o grande Ayi-vodun dos Ewe-fon, por isso intitulado Ayinon (o dono da terra). Considerado filho mais velho de Mawu ele é enfim, o Rei do Mundo, originariamente vodun senhor da varíola e, por extensão, de inúmeras enfermidades contagiosas que deformam o corpo. Todo o povo fon o teme enormemente e o cultua fervorosamente e possui uma grande quantidade de representações, cada uma sendo um aspecto de doenças e infecções.

A tradição aponta a origem do culto de Sakpatá na localidade de Kpeyin Vedji, um enclave iorubá dentro do território mahi a noroeste de Abomei. Desta dupla procedência permanece a curiosidade de que Sakpatá é considerado uma divindade iorubá ("nagô") pelos fon e gun ("jêje") pelos iorubás.

Kohossú, cujo nome significa "Rei da Lama" é o pai de todos os Sakpatás;
Nyohwe Ananú, dona da água parada que mata de repente é a mãe, e são ambos filhos de Nà Buùku.
Da Zodji, envia a disenteria e os vômitos, considerado o mais velho de todos. Ele não tem braços ou pernas e é carregado numa padiola, mas tem o poder da invisibilidade e, apesar do defeito físico, comanda todos os Sakpatás.
Da Langan come a carne das pessoas ainda vivas.
Da Sinji traz as inchações e tromboses.
Aglossuntó é responsável pelas feridas e chagas que nunca cicatrizam.
Adohwan castiga perfurando os intestinos.
Avimadjé é o que leva as almas dos que morreram punidos por Sakpatá.
Bossu-Zohon é o grande feiticeiro.
Alogbê possui cinco braços e é ligado aos tohossú
Adan Tanyi é filho de Da Zodji, e traz a lepra.
Suvinengué um abutre com cabeça humana e é filho de Da Langan.
Existem várias outras denominações: Agbologbodji, Tonekpó, Gbazu, Ahossú Ganhwa, Kpadadadaligbo (que é fêmea) etc., cujos nomes, atribuições e lugar dentro da "família" varia de região para região.

Uma outra tradição conta que Sakpatá é uma divindade dupla, tanto macho como fêmea. O macho sendo Da Zodji e a fêmea sua irmã Nyohwe Ananu, gêmeos nascidos do primeiro parto da entidade andrógina Mawu-Lissá.
Sakpatá é cultuado em seus templos sob um aspecto duplo. Possui o aspecto Jeholú ("Rei das Jóias", que seriam as pústulas trazidas pela varíola) que é tratado internamente e não recebe sacrifícios de sangue diretamente, mas é lustrado com uma mistura de sangue e azeite de dendê e envolto por panos. O aspecto Zun-holú ("Rei da Floresta") fica do lado de fora, recebe os sacrifícios de sangue diretamente sobre ele e é coberto por rodilhas de ramos secos da palmeira de ráfia (Raffia vinifera) palha-da-costa, e é um montículo que pode ser mais alto do que um homem. Os sacerdotes e fiéis o tratam como um ente vivo, o reverenciam, abraçam, etc. Zun-holú de tamanhos mais modestos podem ser vistos diante dos hunkpame de outros voduns, sobretudo nos de Heviossô.
A iniciação de Sakpatá entre os fon consiste em duas partes. Na primeira e mais longa, os neófitos permanecem no hunkpame vários meses submetendo-se a disciplina rígida de silêncios, jejuns, aprendizagem de cânticos e danças rituais e nesta eles são chamados de agamassi. No final desta fase, as famílias juntam dinheiro para realizar um grande ritual, no qual os neofitos morrem simbolicamente e ficam escondidos por três dias dos olhos de todos, e depois são trazidos para fora enrolados em mortalhas e são publicamente "ressucitados" pelo Aklunon (ministro do culto). A partir daí eles recebem seus nomes de iniciação e passam a ser chamados de anagonu, por causa da acreditada origem nagô do vodun; ou "Azonsi", que em francês se escreve azonsu.

No antigo Reino do Daomé, o culto de Sakpatá era olhado com suspeita, às vezes banido (e o foi, definitivamente, de Abomei). Uma vodunsi de Sakpatá não pode ser dada como esposa para o rei, e havia sempre a suspeita maior de que seus sacerdotes espalhavam deliberadamente a doença para aumentar seu poder. Mas outra questão importante neste caso é o fato de que Sakpatá abertamente desafia o poder real portando os títulos de Ayinon e Jeholú, que são títulos que o rei também possui.

 Brasil
Na Diáspora, o culto de Sakpatá foi usualmente misturado ao de sua versão iorubá, Obaluaiyê.

No Candomblé Jeje, ele é conhecido como Azonsu ("O" Doença), grafado no Brasil como "Azunsu" ou Ajunsun e Azonwanu (o que tem o cheiro da doença), grafado no Brasil como "Azoani" ou Azauani, sendo este segundo nome também conhecido na Santeria cubana como "Asojano".

Cuba
Santeria cubana como "Asojano".

 Ligações externas Ligações externas

Esse post foi publicado em Não categorizado. Bookmark o link permanente.

3 respostas para Sakpata, Sapata, Obaluaye, Obaluaiyê, Obaluaê, Avimadjé, Avimaji.

  1. Kαяιииє disse:

    Nossa, muito obrigada pelas informações. Fiquei muito feliz em saber mais sobre um Vodun tão lindo!!!

  2. OI Antonio muito bonito seu trabalho, eu sou Lucia da oficina creio que lembre, venha visitar nossa empresa de sinalizalçao visual trabalhamos com impressao e a novidade e um cartao smart com mensagem e fotos como vc queira serve como convite fazemos banner com fotos impressas sinalizaçao interna e externa. abraços da amiga que te quer muito bem .LUCIA.

  3. olga tomaz moro em campo grande mato grosso do sul feita mas não praticante a sua benção disse:

    meu pai deu um assentamento pra obaloaye antes de cortar pra oya e eu tenho uma grande afinidade com esta entidade muito embora nada saiba a respeito eu nada sou sem este pai meu axé está todo concentrado nesta entidade me oriente por favor amo obaloaye

Deixar mensagem para olga tomaz moro em campo grande mato grosso do sul feita mas não praticante a sua benção Cancelar resposta